Advento, D-09: Autoimagem
- Postado por Wesley Cavalheiro
- Categorias Ponto de vista, Wesley W Cavalheiro
- Data dezembro 16, 2020
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Autoimagem
por Wesley Cavalheiro*
Todos os que se enfureceram contra ele
perante ele comparecerão,
envergonhados por sua incredulidade.
E todos os que estão ligados a Israel
terão uma vida segura, honrada e agradável no Eterno! – Isaías 45,24-25 (MSG)
Um dos maiores problemas da vida espiritual é o nosso apego à nossa própria imagem – criada positiva ou negativamente. Temos que começar com algum tipo de identidade, mas o problema é que confundimos essa ideia de nós mesmos com quem realmente somos em Deus. As ideias sobre as coisas não são as próprias coisas. Todos nós temos que começar formando uma autoimagem, mas o problema é nosso apego a ela, nossa necessidade de promovê-la e protegê-la e de ter outras como ela. Que armadilha!
Felizmente, é isso que o Espírito tem de nos arrancar para que possamos encontrar nosso “triunfo e glória”, como diz Isaías, na imagem que Deus tem de nós e não na imagem que temos de nós mesmos, que sempre muda de uma forma ou outra. Quem somos em Deus (Gálatas 2,20-21) é um fundamento muito mais duradouro e sólido. O desafio é aceitar o julgamento de Deus sobre nós, qualquer que seja o nosso julgamento normalmente severo sobre nós mesmos. Devemos acolher a imagem de Deus de nós, que é sempre paciente e misericordioso, em vez da imagem grosseiramente formada de nosso próximo de mim. Deus sempre vê seu filho, Jesus, em nós, e não pode deixar de amá-lo! (ver João 17,22-23). Esta é uma autoimagem sólida e duradoura – não há mais altos e baixos.
A Prática da Presença do Cristo
Quando se trabalha com jovens, parece que passamos a maior parte do tempo tentando convencer os adolescentes de que eles são bons. Em geral, parecem se odiar incessantemente. Mais tarde, vimos que os adultos também são assim, que sempre duvidam e temem a si mesmos. Eles têm que gastar muito de sua energia tentando “se sentir bem consigo mesmos”. A autoimagem se baseia em meras informações psicológicas em vez de verdades teológicas. O que o Evangelho nos promete é que somos objetiva e inerentemente filhos de Deus (ver 1 João 3,2). Isso não psicotrópico; é ontológico, metafísico e substancial, e não pode ser ganho ou perdido. Quando esta imagem de Deus se torna a nossa autoimagem, estamos livres, e o Evangelho é a melhor notícia que podemos esperar!
Tanto a culpa, autoimagem negativa, auto ódio e auto preocupação ocorrem porque, como cristãos, nos permitimos estar em um mundo, recebendo dele sugestões e identidade, que Jesus disse-nos para nunca tomarmos como normativo para começar! Como João diz: “Por que você espera obter a aprovação de outro para em vez da aprovação que vem do único Deus?” (5,44). Muitos de nós aceitamos uma autoimagem bem-sucedida ou negativa dentro de um sistema de imagens falsas, para começar! Isso nunca vai funcionar. Devemos encontrar nosso verdadeiro eu “escondido com Cristo em Deus”, como diz Paulo (Colossenses 3,3). Ou, como disse Teresa de Ávila, “Encontre Deus em você mesmo e você em Deus”. Então, não vamos subir e descer, mas somos edificados na Rocha dos Séculos.
Reflita
Quais de suas autoimagens (positivas ou negativas) atrapalham seu relacionamento com Deus? Sempre que ficamos na defensiva ou subimos e descemos emocionalmente, é um sinal de que estamos apegados a uma autoimagem.
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(*) Wesley W. Cavalheiro é assessor, mentor e coach Pessoal, Profissional, Executivo e de Negócios, com Certificações Internacionais.
Referência: notas de Wesley Cavalheiro de Conferência de Richard Rohr promovida e publicada por St. Anthony Messenger Press.
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